domingo, 1 de julho de 2007

Dinâmica da cidade

As grandes cidades da sociedade em que vivemos têm um caráter efêmero muito maior do que se pensa. Há uma grande alienação por acreditarmos que ao fazer nossa cidade de alvenaria tornado-a mais durável. Na realidade, o que ocorre com nossa sociedade é que sendo tão dinâmica, com grande fluxo de informação, mudanças contínuas e aumento de tecnologias, que a cidade acompanha esse processo.
A cidade acompanha um processo consumista, que cria varias tendências e as lojas são destruídas e construídas ou então reformadas (adaptadas). A especulação imobiliária, por moldar o formato e o conteúdo da cidade, também novos estabelecimentos em certas áreas e assim demanda obras publicas. Essas contínuas remodelagens, demolições, tornam a cidade um perpetuo canteiro de obra, o que causa grande desperdício por formatar-se a cidade de forma tão rígida.
É importante ressaltar que existe uma cidade informal. Essa cultura tem uma forma dinâmica por si só, principalmente pela própria natureza da informalidade (que em nossas cidades, pela legislação, mais quer dizer ilegalidade). O exemplo maior desse grupo são os vendedores ambulantes de todos os tipos de produtos. Por tão grande número que são, se organizam em pequenos shoppings informais, camelôdromos.
Os camelôdromos em geral são construídos com materiais baratos e de fácil montagem, como chapas metálicas. Ainda, os ambulantes têm suas mesas de exposição de produtos de rápida instalação, podendo abri-las e fechá-las com dobradiças.

Camelódromo, Calçadão dos Mascates, Recife, Brasil, Arquitetos Zeca Brandão e Ronaldo L'Amour, 1993-94.

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